Capítulo 22: O torneio encerra

A garota que recebera um buquê de Jade para vender para a escola estava agora cansada, sentada em um banco ad escola, praticamente imóvel.Por um segundo, ela viu uma flor bonita no chão.Ela abaixou para pegá-la e ... Sentiu algo cortar-lhe fora todo o cabelo comprido, caindo sobre seu rosto abaixado.

– Mas que droga, você abaixou bem no ultimo segundo, era para ter cortado sua cabeça inteira fora.-Resmungou Bea, segurando um dos facões da cozinha do teste de desempate.Como esperado  a diretora tirou Bea do torneio, a garota praticamente careca estava chorando, Jade demorou para notar onde estava Bea, já que estava se divertindo muito com as frutas,criando algo que pareciam ser flores de verdade. Assim que o professor Riderick veio avisá-lo que não precisava mais participar, Jade pegou seu buquê de flores e entregou á Ken. Não, não é o que parece.

- Já que você não fez nada até agora ... -  Riu Jade, Ken pegou as flores e começou á desmontá-las, fazendo outra coisa muito estranha. Apesar do ciúme pela sua criação, Jade estava fora mesmo, foi atrás de Bea para tentar domar a onça  acalmar a garota. Já que meus bolinhos estavam no forno, eu estava fazendo uma turnê pelos outros.

- Dimi, prova pra ver se tá bom.- Myh levou uma colher de strogonoff de carne á boca do vampiro doidão, que engoliu sem nem mesmo soprar. – Está ótimo, eu já disse que gosto da sua comida? – Os olhos do rapaz brilhavam enquanto ele fazia um brigadeiro de panela. Myh apenas riu e fez que sim com a cabeça, “ Inúmeras vezes” ela complementou.

Mas o que me assustou mesmo foi chegar perto de Karen e Nathaniel. – Vai, meche direito a massa da torta de morango, e não se esqueça de verificar se os sonhos estão assando direitinho. Ah, será que eu vou ter de enrrolar os folhados de chocolate sozinha, seu inútil?- Karen bufava, fazendo muito mais do que uma comida ao mesmo tempo, o que me fez lembrar dela comentando que tinha vontade de trabalhar em restaurante. Nathaniel, talvez por sentimento de dívida com a ruiva, tentava com cada fibra de seu corpo fazer tudo o que Karine ordenava , mas parecia ser informação demais para o coitado. Ele tinha a calda de morango que deveria ficar na torta pelo cabelo, roupa, dentro dos olhos, por tudo. Karen se voltou para mim para perguntar se o que ela tinha na colher estava doce demais, e eu notei que tinham marcas de calda de morango de mãos  nos seios de Karen, e .... Eu não tive como não rolar de rir. Karen não devia nem mesmo ter notado, afinal ela aprecia estar inaugurando uma confeitaria.

- É... Não está doce demais, está muito bom assim. O que é? – Eu disse, lambendo os beiços á uma mistura marrom muito saborosa. – É de amendoim, para rechear ... NATHANIEL, você ainda não terminou a massa dos doces de amendoim ! -  Eu resolvi sair de perto para não levar bronca junto com o coitado que estava se partindo em mil para tentar atender ás exigências. Ele estava tentando terminar tanta coisa que nem parecia que a Karine tinha feito muito mais que ele.

Dart parecia não estar contente com seu mousse verde por causa do aspecto, mas não tinha o que ser feito, não daria mais tempo de começar outra coisa tão em cima da hora.Além disto, ele exalava um cheiro de maçã verde muito comestível.

- Aqui, para ajudar na aparência do seu prato.-  Ken sorriu, segurando um protótipo de uma nave Star Destroyer de Star Wars feito com frutas. A menina o encarou e parecia bem resistente, mas ao ver a nave soltou um “ ninguém nunca  fez nada tão bonito assim pra mim” , e os dois foram montar algum display com a nave e o mousse verde, eu não imaginava as habilidades de Ken, mas deveria suspeitar levando em conta a coleção de naves de L.E.G.O dele.

- Aqui Leh, coloca a farinha devagar pra não fazer sujeira na hora de bater a massa. – Disse Castiel, cozinhando com Leh.

- Obrigada, desastrada do jeito que sou, eu faria mais bagunça que aqueles dois. – Sorriu Leh, se referindo á Isabelle e Dakota, que estavam fazendo uma guerra de ingredientes ao lado,sujando tudo. De novo eu ri até doer meu pâncreas,  mas desta vez eu estava voltando á minha “cabine” ver meus cup cakes. O estranho é que eu dei de cara com Lysandre mexendo a massa da cobertura de brigadeiro deles, e os bolinhos estavam já em cima da mesa.

­ Você simplesmente abandonou tudo aqui, e eles iam queimar. Como miojo fica pronto em 3 minutos, vim te dar uma força. – Sorriu Lysandre.Aquele sorriso sério que quer dizer “ Eu também te amo, mas me finjo indiferente” que me fez ficar boba e ir tirar a tigela de cobertura da mão dele, para terminar finalmente os bolinhos. Ou Lysandre agora fingia muito bem que não estava todo ferido por baixo da blusa, ou tinha se acostumado com a dor, por que não estava mancando nem gemendo mais.

Finalmente, Alexy e Barbie vieram conferir o que tínhamos feito, para dizer quem ganhara. Barbie achou tudo calórico demais, ou foi só desculpa por que sabia que a Layla estava com fome e colocou a Layla para ser jurada em seu lugar. E é lógico que, como membra oficial das quinta-feiras de vídeo-games, Dart e Ken ganharam por causa da miniatura de nave Star Wars e o mousse de maçã-verde em formato da cabeça do mestre Yoda. De qualquer forma,Alexy ficou muito bravo por que tinha gostado mais da “Karen no mundo dos doces”  , que realmente, eu estava com vontade de atacar tudo aquilo. Por fim, a diretora tirou várias fotos, e tudo aquilo que produzimos alimentou e sobrou todos os participantes do torneio, foi muito divertido, pelo menos melhor que aula de matemática.

- Não é justo, eu e a Isa devíamos ter ganhado. – Castiel reclamava.

-Ah, é? Se eu não tivesse passado pela corda-bamba por primeira, quase ninguém saberia como atravessar. Inclusive você. -  Rebateu Dart “Vader”, com as mãos na cintura, como faz a minha mãe quando briga comigo e tem a razão. Castiel apenas revirou os olhos e foi ajudar Isabelle á se limpar. Eu fiquei comendo e rindo com a Mylena e a Letícia, por que Bea e Jade estavam rolando na grama feito dois lunáticos, sem motivo nem explicação.

Assim que  Castiel ajudou Isa a se limpar por causa da guerra de comida, ele foi atrás de Lysandre conversar.Aquela conversa que ele tentava ter e não conseguia. Mas de novo, Lysandre o ignorou e veio até mim ,sem entender sobre o que Castiel queria conversar.

Thais , Aline, Merryh e Dajan estavam jogando alguma coisa de tabuleiro em um canto, pareciam estar lá desde que tínhamos ido ao desempate do torneio, então eu enchi uma bandeja com os doces e fui levar á eles.

- .. Obrigada, apesar de tudo.  - Merry parecia brava também comigo pelo o que Isa fizera com ela no torneio, e ela sequer tinha culpa, o Castiel que é um doido varrido. As outras e o Dajan agradeceram, mas sem o “Apesar de tudo” na frase.

Os professores pediram que os alunos voltassem para casa agora, que o torneio havia sido encerrado e Ken com Dart haviam ganho.Realmente não sei que tipo de desempate horrível foi aquele em que dois continuaram no primeiro lugar, mas achei melhor não contrariar.

Vi que Lysandre e Karen estavam conversando, e cheguei perto para conversar também, mas por alguma razão eles pararam com a minha presença.

- Amanda, vamos ao fliperama da cidade comemorar que chegamos á final do torneio, vem! – Karen começou á me arrastar, como eu adoro fliperama acabei indo mesmo. Na frente da escola, estava o carro de uma mulher, velha demais para ser mãe de um dos alunos. Jade se aproximou do carro de mãos dadas com Bea, e disse “ Olá mãe, esta é a Bea.”. Bea soltou um educado “ É um prazer te conhecer” disse ela,  mas a feição da mulher era outra.

- Eu não acredito, Jade. Eu crio um homem para ele namorar uma menina! Você não tem vergonha?Você iria preso se te vissem com este bebê, de mãos dadas! -  A mãe  de Jade não estava nada contente, o que o fez apenas virar e ir arrastando a moça pela mão rua abaixo, sem pegar carona com aquele ser vivo que estava gritando lá. “ Eu só tenho 22 anos, qual o problema de namorar uma garota de 12?” Pensou Jade, sem encontrar resposta a sua indagação, levando Bea para passear. Indo ao fliperama com Karen, encontramos Layla e Armin no caminho, já que ambos também curtem vídeo-games, e fomos todos juntos.

Passamos quase a tarde toda jogando Street Fighter e Capcom, eu amo muito tudo isso.Créditos autorais da frase ao Wac Donald’s.

- Quero voltar para casa, estou cansada. E acho que preciso ajudar o Lysandre á trocar os esparadrapos todos. – Eu ri, apesar de estar adorando aquele tempo com aqueles amigos.Era cômico o Armin ser melhor que eu e a Karen, mas parecer  perder de propósito para a Layla,mas ele odeia perder, não faz sentido se fosse por querer, então  acho que ela ofuscava a atenção dele.

Karen automaticamente pegou o telefone, e discou algum número. Eu grudei nela, e pude ver que ligava para o Lysandre. Mas que diabos eles estavam falando antes de eu vir para aqui com ela, e o que iriam falar agora? -...Peraí, isso quer dizer que o Lysandre está lá em casa e não quer que eu saiba, não é?-  Eu disse, correndo para fora do fliperama em direção de casa. Tinha tanta coisa que ele podia ter ido fazer lá; contar dos machucados que fiz nele, da vez que fiquei de recuperação em matemática e não contei pra eles, ... As possibilidades eram infinitas. Mas como eu corri com o celular da Karen na mão, e com ela atrás de mim berrando para devolver para ela,  Lysandre não saberia que eu estava indo para lá, e daria tempo de ver o que ele estava tramando.

- Então, posso dar de presente á Amanda amanhã, na fazenda? – Lysandre perguntava á meus pais, na mesa da cozinha.

- Levando em conta que nós o deixamos na fazenda por causa da sujeira que ele fazia e minha filha não limpava no mesmo ritmo que ele suja ... – Meu pai encarava o moço de olhos bicolores.

- Òh querido, lembra como ela ficou triste  achando que ele tinha morrido? Tenha pena.-  Minha mãe segurava meu pai  pelos ombros.

- ..Eu sou vizinho de vocês, eu limpo a sujeira dele, por favor.É muito importante para ela, e o cãozinho anda depressivo na fazenda, acho que é falta dela.- Lysandre implorava, levantando da mesa.

- Tudo bem então, ela realmente parecia mais feliz com ele espero que volte á ser. – Meu pai sorriu, apertando a mão de Lysandre. Neste momento, eu entrei pela porta da sala, e só os vi trocando apertos de mãos da porta da cozinha. Karen veio berrando atrás de mim. “ Ele só queria ter certeza que nós te deixamos ir na fazenda com ele amanhã, durante as férias.” Minha mãe disse, me convencendo. Karen suspirou aliviada e foi saindo, Lysandre também já estava de saída. Por alguma razão do além, quem vinha correndo agora era Castiel.

- Já chega, você me precisa ouvir, seu boiola. – Castiel estava realmente irritado, puxando Lysandre pelo punho para dentro da casa do próprio moço de olhos bicolores.Eu apenas ri e entrei em casa: Precisava urgentemente de um banho depois daquele torneio e de jogar fliperama portanto tempo.

Castiel entrou pisando duro na casa de Lysandre, arrastando-o.

- O que é que você tem? – Lysandre não fazia idéia do o que tinha feito para merecer aquele cortês tratamento do amigo.

- Estou tentando falar com você sobre isso há dias e você não me ouve. Você nunca lê as cartas que seus pais mandam pra você e para Leigh da fazenda, e... – Castiel foi interrompido.

- Ah, se é sobre isso pode parar.Não é por que seus pais não te dão atenção e você é carente e até lê as cartas dos meus pais que eu vou ter de dar atenção para eles assim também. Você sabe que isso é por que eles não me entendem e... – Lysandre interrompeu Castiel, mas agora o ruivo dava um soco nele para calar a boca e deixa-lo terminar.

- Me escute. Não é isso, sim eu leio as cartas com o Leigh e ... A Linda vai estar na fazenda essas férias para ajudar com os animais, a Amanda vai ver ela lá antes mesmo de você explicar quem é ela e por que vocês dois se beijaram no show. É o que eu queria te avisar.- Castiel finalmente tinha colocado para fora aquilo que o incomodava tanto.

Eu ouvi um grito fino lá de casa enquanto tomava banho, parecia do Lysandre.É lógico que deve ter sido por que o Castiel deve ter tentado trocar os esparadrapos dele, ele não daria aquele grito por nada.

- E agora, o que eu faço? -  Lysandre disse depois de recuperar a calma e terminar seu grito.

- Calma, eu tenho uma idéia. – Sorriu Castiel.